Quase todas as noites eu subia
aquela rua
Que exalava um falso perfume
De realeza. Já era mais que um
costume
Conhecer as madrugadas ali, ver
a lua
Subindo sobre o morro.
As palmeiras sombreavam as
camas
Engendradas dos que, sem nenhum
drama,
Deitavam-se para dormir sem
socorro.
Eu olhava do bar. Sentado no
balcão
Acostumei observar a calçada e
indignar-me
Com a triste audição
De um cachimbo sendo aceso
E do tilintar inconfundível de
uma garrafa
Servindo ao corpo indefeso.