sábado, 31 de agosto de 2013

Homenagem!

Quase todas as noites eu subia aquela rua
Que exalava um falso perfume
De realeza. Já era mais que um costume
Conhecer as madrugadas ali, ver a lua

Subindo sobre o morro.
As palmeiras sombreavam as camas
Engendradas dos que, sem nenhum drama,
Deitavam-se para dormir sem socorro.

Eu olhava do bar. Sentado no balcão
Acostumei observar a calçada e indignar-me
Com a triste audição

De um cachimbo sendo aceso
E do tilintar inconfundível de uma garrafa
Servindo ao corpo indefeso. 

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